27 DE SETEMBRO 2008 (Sábado)


Início da nossa grande jornada. Levantamos cedo, tomamos café, fizemos a checagem final e partimos em direção à cidade Gaúcha do Norte, Clique na foto para ampliarque fica na direção do caminho que fizemos. Levamos uma índia Kuikuro e seu filho de 15 anos, portador de necessidades especiais. 

A distância que tínhamos que percorrer era cerca de 370 km, em estrada de chão, e atravessar algumas pontes bem precárias para suportar o peso do caminhão, que levava os barcos e toda nossa tralha da expedição: panelas, baldes, chaleiras, bules, pratos, garfos, colheres, víveres em geral, objetos de uso pessoal, machados, foices, facões, trempes feitas de vergalhões pelo Sérgio, oito toldos de plásticos Clique na foto para ampliarde 10m x 10m. 

Transportamos também três grandes caixas de madeira, confeccionadas pelo Sérgio, com a finalidade de guardar nossos pertences e os víveres no acampamento base, no início da picada no Rio Xingu, todas com cadeados. Detalhe importante: todos os víveres, roupas etc foram acondicionados em 15 mochilas, confecção Sérgio Vahia, por causa das chuvas que são uma constante naquela área, a partir do mês de setembro. Um saco de pano dentro de dois sacos de lixo, que eram colocados dentro de outro saco de ráfia - desses encontrados em padaria -, duas rolhas amarradas na parte inferior em um dos lados do saco que servem para se prender as alças da improvisada mochila. Coisa simples, barata e prática. Pode chover à vontade que não molha e é de transporte fácil e cômodo.

Clique na foto para ampliarNa entrada em direção ao território indígena, há uma pousada de nome Kuluene. Seu dono tem avião. Há um contraste muito grande entre os brancos, caraíbas, e o modo de vida dos índios. O Jairo, que ficou encarregado de nos guiar, seguiu um outro caminho de motocicleta. Passamos por três aldeias Kuikuros, e o cacique da última aldeia chama-se Jacalo.

Dormimos no porto às margens do rio Kuluene. O Paulo Castilho, que nos acompanhou até este porto, viajou de Canarana até aqui em cima da carroceria do caminhão. Chegou ao destino coberto de poeira, mas cheio de animação. Grande companheiro, pena que, por motivos de ordem pessoal, não pode nos acompanhar até o Centro. O Jairo dormiu com a gente no porto, na primeira noite.


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